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Quando um rato
Rói até os próprios olhos
Até o aço que o rodeia
E a fina camada
De ódio que o acoberta
Até o gato vira equilibrista
E desconfia da arapuca.
Quando um rato
Nem mexe os bigodes
Para roer os pés
E as línguas que o lambem
É dia de sombra no convés
E dia de dúvida no mar.
Cuidado com o rato
Que cai
E levanta livre.
Márcio Leitão
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