Não me confunda com ela/ sou aquela no meio da ponte de olhos arregalados para o muro. / Não a que chora e seguram a mão dela / sou a que seca tudo em que pega com a mão áspera e louca. / Não a beije, não sou ela./ Não a toque nem deite em seus cabelos lavados/ Sou eu que te contém, eu, só eu./ Sou aquela parada no meio da ponte, você não me reconhece?/ Não a beije, não gosto dela./ Sou a cética, a doida de pernas trocadas./ Como você ainda não sabe?/ Ela tem olhos doces e mãos quentes e eu sou aquela da navalha, dos olhos arregalados para o muro/ Você não entende e ama outra./ A Outra e seu desejo de saber desejar./ Como você não notou ainda?/ Medida, ponte, esquina, régua finita, não sou e fim.